O cirurgião Wilson Bonfim, do Rio de Janeiro, teve um contato recente com Peter Esteves, que é docente internacional do Haggai. Por meio desse contato, o médico trouxe à memória a leitura do livro do Dr. John Haggai, “Seja um líder de verdade”, e outros encontros com graduados que mudaram a sua vida permanentemente.
Sendo ele amigo do secretário executivo para o estado do Rio de Janeiro, pastor Lívio Renato, e atendendo aopedido do Peter Esteves, Wilson escreveu um texto para registrar os encontros.O depoimento que se segue foi postado em seu blog no dia 24 de março de 2010, logo após essa mais recente "jesuscidência" com o Instituto Haggai.
Haggai na minha vida
Em meados de 1989 fui tocado pela leitura de um livro que minha mãe havia comprado para ela, chamado “seja um líder de verdade” de John Edmund Haggai. Eu nunca tinha ouvido falar daquele homem anteriormente e nem conhecia o Instituto Haggai. Após a leitura daquele livro, minha vida mudou.Muito jovem ainda, eu tinha sido levado a ser líder em minha igreja local que tinha perdido muitos jovens por um descuido da liderança de adultos da Igreja. Cheguei a ser líder apenas porque era o único dos remanescentes da Igreja que sabia tocar violão.
Ontem à noite fui ao curso de inglês de minha filha falar com o diretor da escola, Peter Esteves, sobre a possibilidade de trazer alguns estrangeiros para interagir com os alunos. De repente, olhei para o armário em minha frente e vi um certificado do Instituto Haggai. Perguntei ao diretor se ele era graduado do Haggai ao que ele alegremente me disse que sim. Enquanto ele compartilhava comigo, diversas experiênciasvoltaram à minha mente. Eraum turbilhão de memórias e emoções. Que impressionante, mesmo não sendo um graduado do Haggai,o Haggai já impactou muito minha tragetória com Jesus!
Eu não tinha o que pensava serem os requisitos mínimos para me tornar um líder. Tímido, recatado, tinha pânico de pegar num microfone e falar à frente da enorme Igreja Metodista em Cascadura, RJ. Na minha inocente concepção, ser líder era um talento natural que nascia com as pessoas, como com os meus irmãos que lideravam um grupo de jovens de futebol na nossa rua. Após a leitura do impactante livro de John Haggai, passei a me perguntar se existiria tal organização no Brasil. Naquela época não haviam as facilidades da internet ou comunicação instantânea como agora. Bem, não havia segundo os padrões humanos porque no fim de semana seguinte uma missionária da Jocum, Margareth Alves, membro de minha Igreja, me abordou dizendo que eu deveria participar de um treinamento muito legal. Quando me mostrou o folder, estupefato, eu descobri se tratar do seminário local de treinamento do Instituto Haggai.
Imediatamente, liguei para o número do telefone e me inscrevi, participando de meu primeiro treinamento local. Ali conhecei Alice Jardim, que orou comigo por alguns sonhos que eu tinha. Dali, parti para um curso regional na Igreja Batista do Ar e conheci simplesmente um dos professores, pastor Humberto Aragão (graduado do Haggai), na época diretor do CTM (Centro de Treinamento Missionário da Operação Mobilização) e atualmente diretor da América Latina e pastor de uma Igreja Batista em São José dos Campos. Este encontro com o pastor Humberto mudou radicalmente minha vida. Como é que um engenheiro da Petrobrás largaria tudo pra servir Jesus em missões?! Isto mexeu comigo e passei a me lembrar de um chamado missionário que tive, quando ainda era estudante de medicina, num encontro da Missão “Volantes de Cristo”, em 1982.
A partir deste encontro com o pastor Humberto Aragão, tomei passos concretos em direção de missões. Entrei na OM e fiz parte do CTM, participei do conselho de missões, ajudei no primeiro curso de missões urbanas da Jocum do Rio de Janeiro, fui voluntário da primeira campanha de Kings Kids do Rio de Janeiro com Margareth e Rogério Muniz. Finalmente, depois de 10 anos de experiências com agências missionárias em tempo parcial, após uma visita do diretor do Evangelismo Mundial Metodista em 1995, Dr. Eddie Fox, fui convidado pelo bispo Paulo Lockmann para ser missionário médico da igreja metodista pelo Concílio Mundial Metodista. Eu jamais tinha ouvido falar deste Concilio Mundial, nem o que fazia.
Em um jantar em restaurante junto com diversas autoridades internacionais metodistas, Dr. Fox me perguntou se eu sabia o que eu queria para missões. Eu desenhei em um guardanapo um trailer puxado por uma camionete. O custo fictício desse projeto era80.000 dólares. Tarefa dura para Eddie Fox. Incrivelmente, quando ele chegou aos EUA, um pastor americano de Memphis, James Loftin, lhe perguntou, Eddie, se você tivesse 100.000 dólares pra gastar em um projeto internacional, o que você faria? Ele disse: eu gastaria. Ao que James Loftin perguntou em quê? Ele disse de pronto, no Evangemed.
Assim fora criado instantaneamente o Evangemed, ministério que regeria minha vida por mais de 13 anos. Antes de poder ficar em tempo integral, viajei em curso na Índia naquele mesmo ano e estudei aos pés de Dr. Raj Arole e Dr. Peppin, graduados do Instituto Haggai. Mais uma vez, o Haggai influenciando minha vida.
Através do Evangemed e do Concilio Mundial Metodista ministrei, preguei na Russia, Estônia, Moçambique, Coréia, EUA, e em todo Brasil. Além disso, a influência do Evangemed se estendeu através dos Médicos de Cristo, organização interdenominacional criada em 1995 e que me foi mais uma vez apresentada pelo graduado do Haggai Humberto Aragão. Nela tive a maravilhosa oportunidade de servir neste ministério interdenominacional por todo o Brasil por mais de 10 anos, primeiro como presidente e agora como secretário geral. Através do Evangemed e Médicos de Cristo, Deus me levou a criar os maiores eventos de saúde integral evangélicos do Brasil. Inicialmente na Igreja Metodista, os encontros de profissionais de saúde regional e nacional. Depois, finalmente o CENPS que foi baseado em minha experiência no maior evento de missões médicas do mundo, Medical Missions.
Durante este tempo, ainda o bispo Paulo Lockmann, um dos maiores líderes que tenho prazer de conhecer pessoalmente como amigo, me convidou para ser um dos primeiros leigos (não clérigo metodista) a coordenar a secretaria executiva de missões da maior Região Eclesiástica da Igreja Metodista do Brasil, durante a formação de nosso primeiro planejamento estratégico metodista, Rio de Janeiro. Nesta secretaria tive experiências maravilhosas como a de criar os Voluntários em Missão do Rio de Janeiro, trazendo lideres internacionais pra formar nossos cooperadores. Atualmente sou integrante do Board internacional da Southern Jurisdiction. Deus me usou para abrir campos missionários de Voluntários em Missões em países como Estônia, Rússia, Moçambique e Paraguai e ainda a criar a JUMEMI, um projeto para adolescentes e jovens.
Nestes caminhos internacionais por acidentes de Deus, passei a trabalhar com voluntários no comitê de cidades irmãs Atlanta-Rio e atualmente sou o representante da cidade de Atlanta no Rio de Janeiro.
Todo este trabalho possivelmente jamais teria acontecido se um dia eu não tivesse lido o livro de John Haggai. Fico pensando como um ministério pode ter tamanha influência na vida das pessoas, principalmente quando me recordo dos graduados do Haggai que encontrei pelo mundo afora nestes contatos que fiz em viagens internacionais. Eu fiz apenas o “curso local” e ainda não consegui ter o “tempo” de ir a Cingapura ou Maui para fazer o curso de um mês, apesar de ter tido o privilégio de ser membro do conselho da OM juntamente com Reginaldo Kruklis, que também influenciou poderosamente minha vida e que, depois, tambémme convidou para fazer o curso mais curto do Havaí quando era presidente mundial.
Ajudei a liderar a formalização da parceria da Mission Society com a Escola de Missões Metodista do Rio de Janeiro, escrevendo e assinando os termos de contrato. Tive o privilégio de participar de reunião de cúpula mais alta do Concilio Mundial Metodista sobre missões, que ajudou a escrever o planejamento estratégico do concilio Mundial Metodista e ainda, para terminar, Deus me usou pra reescrever uma pequena parte dos Cânones metodistas para facilitar missões metodistas internacionais a partir das Regiões no último concilio geral da Igreja Metodista.
Hoje estou aguardandouma direção de Deus para os próximos dez anos de minha vida. Quero ser uma bênção no Reino. Recomecei a traçar alvos e metas, pois, como diz o apóstolo Paulo: “Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus” (Filipenses 3 :13).
Wilson Bonfim